Nintendo Switch: o PlayStation Vita que deu certo

A Nintendo é um troço muito loko, né? Ela consegue fazer a gente ter esse turbilhão de sentimentos que impede qualquer um de ficar indiferente a ela.

Quem me acompanha aqui no blog ou mantém contato comigo na internet sabe como eu sou bastante crítico à Nintendo e a muitas de suas decisões equivocadas na indústria. Especialmente quando se trata do mercado do nosso país, eu sou da opinião que a gigante japonesa dos games simplesmente não merece os fãs brasileiros que tem.

Mas ao mesmo tempo quem realmente me conhece sabe que minhas críticas não são vazias (ou melhor: sempre que eu consigo ter bom senso, né?). E isso é igualmente verdade quando se trata da Nintendo. Se eu critico, falo mal ou demonstro ceticismo perante alguma coisa que a Nintendo faz, é porque eu desejo que ela melhore e faça coisas cada vez mais bacanas, para que eu possa me divertir com seus incríveis trabalhos e para que essa empresa faça jus ao próprio legado.

É por isso que, apesar de eu ter relutado por tanto tempo, eu queria muito adquirir um videogame novo da Nintendo.

Não, eu não enjoei desse danadinho até hoje. 😉

Meu último console dessa empresa foi o divertidíssimo Nintendo DS Lite (que por sinal eu ainda tenho e guardo com carinho). Desde então eu não me interessei pelos consoles posteriores a ele: o Wii U e o 3DS provavelmente eram legais, mas os serviços agregados que a Nintendo oferecia não me inspiravam confiança alguma (Sério? Atrelar a compra de jogos ao hardware e não a uma conta na internet? E se o console quebrasse? Eu teria que torrar dinheiro comprando meus jogos todos novamente?! Que bosta!). Além disso, a decisão idiota de basear o console portátil da época em uma tecnologia supérflua e inútil como o 3D, que foi solenemente ignorada pelos desenvolvedores e só serviu para sabotar a autonomia das baterias, me fez tomar desgosto pelo 3DS.

Por isso, quando começaram anos atrás a vazar rumores, especulações e detalhes técnicos daquele que, até então, era conhecido apenas pelas letras NX, eu sentia que algo finalmente estava mudando pra melhor. Quando a Nintendo enfim revelou ao mundo o fruto de tal projeto na forma do Nintendo Switch, sem nenhuma vergonha de abusar da cor vermelha em suas peças de marketing como nos bons e velhos tempos, meu antigo lado nintendista da época de rato de locadora voltou, a ponto de eu adiar meus planos de comprar um PlayStation 4.

Nesse momento eu decidi: eu quero uma porra dessa pra mim.

Habemus!

Enfim surgiu a oportunidade de eu ter um Nintendo Switch. Como a grana tá curta eu não pude comprar uma unidade novinha em folha, mas felizmente consegui comprar um de segunda mão de um grande amigo meu, por um preço bem camarada.

O modelo que comprei é o primeiro que foi lançado em 2017, antes da primeira revisão de hardware que substituiu o processador por um que poupa mais energia e antes do lançamento do Nintendo Switch Lite.

Veio completinho: controles Joy-Con esquerdo e direito com seus respectivos Joy-Con straps, Joy-Con grip, o próprio console-tablet, o dock para ser conectado à TV, a fonte de alimentação e um cabo HDMI. E como se tratou de um console usado, ele já veio com uma película de vidro aplicada na tela (uma preocupação a menos, hehe!).

Rotina de jogo

Alguns meses antes da minha compra, a Nintendo anunciou o Switch Lite, novo e mais compacto modelo desse videogame. A proposta havia me agradado bastante: minha ideia original era comprar um PlayStation 4 para ser meu novo console desktop e o Switch Lite para substituir o Nintendo DS Lite como meu novo console portátil.

Como eu acabei comprando um Nintendo Switch convencional, ele acabou se tornando meu novo console desktop, já que eu acabo jogando com ele conectado ao dock na maior parte do tempo. O modo portátil acabou sendo bastante secundário e eu só jogo dessa maneira quando saio de casa pra me reunir com meus amigos ou em situação similar.

Meu amigo João (à esquerda) e eu (à direita) curtindo um Mario Kart. O Switch é excelente pra jogar com os amigos! – Foto por Victor Olavo Rocca.

Por falar em sair de casa, o Nintendo Switch acabou me dando um bom pretexto pra sair um pouco mais de casa: assim que eu espalhei a notícia da minha nova aquisição, meus amigos já me indicaram uma comunidade de fãs e jogadores de Nintendo Switch aqui de Natal e eu comecei a frequentar as reuniões semanais pra jogar games variados que eu ainda não tenho, trocar Pokémons, conversar nerdices e fazer novos amigos.

Em uma época em que o multiplayer de sofá anda tão esquecido, comunidades como essa são uma ótima oportunidade de se divertir, socializar e confraternizar em torno do nosso hobby favorito.

E os jogos?

Durante alguns poucos dias o único jogo que eu tinha pro meu Nintendo Switch recém-adquirido era o reflexo da minha cara na tela. Felizmente uma penca de amigos donos de Switch me deram dicas de como conseguir jogos gratuitos pra passar um tempo enquanto eu não comprava nada na eShop (Obrigado, Qubik Games!).

Também aproveitei pra passear pelo acervo da eShop estadunidense (já que a Nintendo tá de putaria e não libera a eShop de verdade pro Brasil), para conferir os jogos gratuitos/free-to-start disponíveis (vou adotar esse termo free-to-start pra jogos gratuitos com microtransações. É um termo bem mais elucidativo e honesto do que free-to-play). Aproveito o ensejo para incentivar vocês leitores a jogar Dauntless! É um excelente clone de Monster Hunter, bem fácil de jogar e com crossplay em todas as plataformas!

Dauntless: o melhor Monster Hunter pra quem não pode (ou não quer) pagar por Monster Hunter

Um tempo depois, já com grana no bolso, eu consegui comprar os seguintes jogos: Pokémon Sword, Mario + Rabbids: Kingdom Battle e WarGroove. Atualmente jogo Pokémon Sword a maior parte do tempo, já que eu adoro completar a Pokédex nos jogos dessa franquia. Mas eu já comecei a me aventurar nas primeiras missões de WarGroove e experimentei um pouco do jogo da Ubisoft também.

Além disso, também estou assinando o serviço Nintendo Switch Online, não apenas pra aproveitar os recursos online do novo Pokémon, mas também pra poder jogar Tetris 99, Super Nintendo e Nintendinho à vontade. ^^

Samurai Shodown: esse eu tô no hype! xD

Mas é claro que eu não pretendo parar por aí. Boa parte dos jogos multiplataforma que eu quero muito jogar, mas são pesados demais pro hardware limitado do meu notebook já foram – ou serão – portados para o Switch, o que abre a possibilidade de eu conseguir aproveitar esses jogos, apesar do preço a se pagar por cada um deles ser sensivelmente maior. Mortal Kombat 11, The Witcher 3: Wild Hunt, Doom, Wolfenstein II: The New Colossus e o vindouro Samurai Shodown (a ser lançado no dia 25 de fevereiro) são apenas alguns dos games que estou planejando comprar futuramente.

Sem falar nos excelentes exclusivos da Nintendo, é claro: Mario Kart 8 Deluxe e Mario Maker 2 estão na minha mira, por exemplo.

Prós e contras

Bom, já faz quase 2 meses que comprei o Nintendo Switch e acho que já posso cagar regra sobre o que presta e o que não presta nele.

A característica que eu mais gostei desse console é justamente o seu maior chamariz: o fato de o Nintendo Switch ser um aparelho híbrido, podendo funcionar tanto como um videogame portátil quanto em sua forma estacionária, conectado a uma TV.

Também me agrada a qualidade gráfica alcançada pelo hardware do Switch: apesar de obviamente ele não ser um console tão potente quanto seus concorrentes, o Switch ainda assim consegue entregar jogos muito bonitos, quando seus desenvolvedores se esforçam: Mario + Rabbids é coloridaço, Asphalt 9 esbanja detalhes no seu visual e WarGroove é super bem animado.

Pena que Pokémon Sword & Shield não conseguiram ser tão bonitos quanto poderiam ser, mas eu falarei com mais detalhes sobre um desses jogos outro dia.

Asphalt 9 tá lindão no Switch!

Das poucas coisas que me desapontaram nesse console, uma delas foi a baixa autonomia de energia. Exibir gráficos bonitos em uma generosa tela de 6,2 polegadas com 1280 x 720 pixels de resolução no modo portátil cobrou seu preço, tornando a duração da bateria bastante curta: uma carga de 100% dura cerca de 3 a 5 horas, dependendo do jogo a ser jogado e do nível de brilho na tela (Lembrando que o meu Nintendo Switch é o modelo original, de antes da otimização de hardware).

Felizmente isso não é um problema tão grande pra mim pois, como já foi dito, a minha forma predominante de jogar é com o console-tablet conectado ao dock.

O outro problema do Switch é a ergonomia pobre dos seus controles. É até compreensível que os Joy-Cons tenham sido projetados do jeito que foram, para que eles funcionassem bem nos vários cenários de uso possíveis… mas não consigo deixar de me chatear com a estranheza dos botões direcionais redondos (no lugar do tradicional botão direcional em cruz) quando os Joy-Cons estão conectados ao grip ou ao próprio console-tablet.

Me incomoda também o quão estreitos e finos são os botões L, R, ZL e ZR (principalmente os dois primeiros). Meus dedos são razoavelmente finos e ainda assim eu não sinto muito conforto ao apertar esses botões… imagino o quão desconfortáveis eles devem ser pra jogadores com dedos mais largos.

O lado bom é que os botões ZL e ZR não são gatilhos com molas e sim botões convencionais (o que eu acho ótimo pra jogos de luta, um dos meus gêneros favoritos).

Por último, acho que a interface de usuário do sistema operacional do Nintendo Switch poderia ser ainda melhor do que já é. Sinto falta de poder criar pastas para organizar melhor os jogos e aplicativos baixados. Além disso, as estatísticas de uso de cada jogo/aplicativo são um tanto quanto rasas, mostrando somente uma quantidade de horas jogadas aproximada.

O gerenciamento de armazenamento também poderia melhorar, pois carece de uma maior liberdade de controle: o sistema do Switch me permite mover capturas de tela e vídeos livremente entre a memória interna de 32 GB e meu cartão SD, mas os jogos e aplicativos não podem ser movidos com a mesma facilidade.

Tá. E eu com isso?

Você deve tá se perguntando porque eu tô dedicando um post aqui no blog só a dizer que comprei um videogame novo. Bom, eu resolvi fazer isso por 2 motivos: primeiro, porque eu tô feliz pra caramba com meu brinquedinho novo e eu quis dividir essa alegria com vocês. E segundo porque videogame novo significa conteúdo novo para o Conquista!

Isso inclusive acaba sendo uma solução para um problema antigo desse blog, que é o fato de que infelizmente produzimos pouquíssimo conteúdo sobre Nintendo. Agora que tenho contato direto com um videogame novo dessa empresa, me sinto mais incentivado a ler e me informar sobre as novidades da Nintendo e posso falar sobre o Switch e sobre os jogos produzidos para ele com mais frequência por aqui.

Meu Friend Code: SW-4163-3320-8347. Bora jogar, meu povo!

De qualquer forma, esse foi apenas um textinho pra começar 2020 dividindo um pouco da minha experiência com este videogame, que me cativou pra caramba e está me saindo um PlayStation Vita muito melhor do que o PlayStation Vita da Sony (Porra, Sony!).

Resenha de Pokémon Sword nos próximos dias. 😉

6 comentários em “Nintendo Switch: o PlayStation Vita que deu certo”

      1. Que é isso, sempre um prazer. Console bacana demais, né? Estou pra baixar o Dauntless. Tem co-op nele? Já baixei o Asphalt 9, mas ainda não joguei (esse ano ainda não liguei o Switch…rsrsrs). Você tem Mario Kart?

        1. Ainda vou comprar o Mario Kart. Na verdade eu tô indeciso se minha próxima compra será ele ou o Smash Bros. Ultimate, hehe!

          E sim, Dauntless tem co-op. Ele é um MMO, então dá pra gente formar grupos e sair juntos pra matar monstros. ^^

Comentários encerrados.